Hoje acordamos no hotel em Les Éboulements e realmente a visão foi espetacular. O hotel fica numa colina e de lá se vê o rio Saint Laurent, imenso, parecendo um mar. Deixando o hotel, tomamos um barcaça que me fez lembrar minha infância e os passeios com gosto de aventura na barcaça de Niterói para o Rio. Fomos à ilha "aux Coudres", rodamos a ilha toda, mas tudo estava fechado, pq acabou a estação de turismo por aqui. Da mesma forma, na cidade de Baie Saint Paul, estava quase tudo fechado, mas conseguimos almoçar bem e ainda dar umn passeio na rua cheia de lojinhas e restaurantes. As cidades aqui são interessantes: aquelas casinhas de desenho de criança, parecendo de papel e lápis de cor, sem muros, sem portões. É a casa, pintadinha de branco, com seu telhadinho verde ou vermelho ou azul, com o quintal ao lado, às vezes uma garagem, e o vizinho logo em seguida. É engraçado para nós, acostumados a tantos muros, portões e grades. Aqui tudo é aberto, mas não se vê ninguém na rua. Não há movimento, não há encontros, nas ruas só há turistas. Tanto na ilha quanto na cidade e em toda a paisagem da estrada de volta para Québec a sensação é a mesma: as casas que estão na nossa memória de criança e que desenhamos na escola, livres nos terrenos verdes e plantados, as pessoas que só aparecem na fumaça das chaminés, nas roupas nos varais que aproveitam o último sol, ou em situações de trabalho... Já em Québec, voltamos ao mesmo hotel e saímos para comprar lembrancinhas, essa tentação de qualquer turista da qual não se escapa. E depois subimos para a cidade alta de funiculaire, aqueles trenzinhos suspensos. Foi tão bela a vista da cidade quanto foi ótimo ter me poupado da subida nas escadas intermináveis... Depois do jantar e do vinho, saímos para caminhar um pouco e a cidade estava deserta, só alguns grupos de turistas já voltando para os hotéis, isso por volta de 10 e meia da noite!!! Descemos de funicular e fomos repassar as fotos do dia e as notícias da terra, que sempre nos deslocam um pouco dessa vida meio irreal da viagem para o mundo real das chuvas, das guerras nos morros ou das notícias familiares.
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
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Pois vejasó Lucinha, também quando fui à Miami,passamos por um baairro lindo que não tinha ninguém,até que uma moça vu, andando na rua um cachorro,e gritou:Meu Deus, um cachorro!!! Parecia um bairro assim morto...
ResponderExcluirMas, devem ser lindas as casinhas coloridas!!Quero também uma lembrancinha bem colorida!!
Muitos beijos Mamãe.
Lucia, estou absolutamente deslumbrada com a sua viagem- apenas pelas suas fotos e magníficas descrições. Veja só: Já estou apaixonada pela cidade de Québec, pelo rio Saint Laurent, pelas árvores douradas, pelas casas do mundo da fantasia...Obrigada querida, por compartilhar isso tudo conosco- da melhor maneira possível: pela sua escrita precisa e sensível e pelas imagens fortes e ao mesmo tempo delicadas(esse talento eu não conhecia...Sebastiana que se cuide!!!). E que bom que Andrea está aí para curtit tudo isso com você, descobrindo novos e surpreendentes caminhos.
ResponderExcluirbeijos saudosos
Solange